Órgão Especial homenageia desembargador Romeu Ricupero
Magistrado faleceu no dia 18 de setembro. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo homenageou na sessão de ontem (20) o desembargador aposentado Romeu Ricupero, que faleceu no último dia 18, aos 75 anos. “Foi um magistrado, integrante do Ministério Público e professor exemplar, uma pessoa querida por todos, de extrema competência”, afirmou o presidente do TJSP, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, ao iniciar os trabalhos. Romeu Ricupero nasceu em março de 1942 na cidade de São Paulo (SP). Estudou Economia (turma de 1963) e Direito (turma de 1966) na Universidade de São Paulo. Ingressou no Ministério Público em 1969 e fez longa carreira de sucesso na instituição, sendo promovido a procurador de Justiça em 1983. No ano de 2000 foi nomeado pelo critério do 5º Constitucional ao 2º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo e assim passou a fazer parte da Corte Bandeirante. Tornou-se desembargador em 2005 e se aposentou em 2012. Também foi professor de Economia e Direito e ocupou cargos no Executivo. É irmão do desembargador Renê Ricupero e do ex-ministro da Fazenda e diplomata Rubens Ricupero. “Foi ele, sem qualquer favor, um dos mais completos juízes que conheci nesta já longa jornada de magistrado e professor. Seus votos eram lapidares, bem fundamentados, escritos em português claro, simples, didático e elegante”, afirmou o corregedor-geral da Justiça de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, em seu discurso. “Só posso atestar, em depoimento prestado com todas as forças de meu coração, que o legado do exemplo de vida que nos deixa o desembargador Romeu Ricupero será o alento da saudade, o preito de nosso respeito e o pranto emocionado de todos os seus amigos. Que Deus o receba em sua grandeza e amor”, declarou o corregedor-geral. Em seguida outros integrantes do Órgão Especial também fizeram questão de compartilhar a admiração pelo homenageado. João Carlos Saletti destacou a atuação de Ricupero no 2º Tribunal de Alçada Civil, onde foi juiz exemplar e contribuiu para modernizar a administração daquela Corte. Já o desembargador João Francisco Moreira Viegas, também oriundo do MP, recordou as décadas de atuação e o impacto do homenageado no parquet. “Perde muito a Justiça, perde muito o país”, afirmou. O procurador de Justiça junto ao Órgão Especial, Rossini Lopes Jota, falou em nome do Ministério Público. Também fizeram manifestações de apreço e saudades os desembargadores Carlos Augusto Lorenzetti Bueno, Antonio Celso Aguilar Cortez, Sérgio Rui da Fonseca, Luiz Fernando Salles Rossi, Álvaro Augusto dos Passos e Paulo Alcides Amaral Salles.
