Justiça inicia audiência dos PMs do Batalhão de São Gonçalo acusados de receber propina

O Conselho Especial da Auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro, presidido pela juíza-auditora Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, iniciou nesta quarta-feira, dia 19, a primeira audiência dos 96 policiais do 7° Batalhão de Polícia Militar de São Gonçalo, Região Metropolitana, acusados de envolvimento com o tráfico de drogas, após prisão na Operação batizada de Calabar. A primeira testemunha, considerada peça-chave na investigação, falou por mais de duas horas. “Eu fiz parte desse esquema criminoso e recolhia dinheiro de favelas comandadas por organizações criminosas”, afirmou a testemunha, um policial civil. Os PMs são acusados de fazer parte de um esquema de recebimento de propina que rendia cerca de R$ 1milhão por mês aos militares. A investigação mostra que eles atuavam como “varejistas do crime” e chegavam a ofertar serviços persos a traficantes. Por exemplo, os militares escoltavam os chamados “bondes” dos criminosos de um local a outro, e até alugavam a eles armas da corporação, incluindo fuzis. Como o processo foi desmembrado, nesta quarta-feira foram ouvidas apenas as testemunhas de uma das ações, que possui sete réus. SV / SF
19/07/2017 (00:00)
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